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Sempre-viva: a flor-de-palha

Atualizado: 21 de jun. de 2023


A sempre-viva, flor-de-papel ou flor-de-palha (Xerochrysum bracteatum) é uma planta herbácea muito popular da família Asteraceae, famosa por suas inflorescências coloridas que são amplamente comercializadas como flor de corte tanto para arranjos de flores frescas quanto de flores secas. É nativa da Papua Nova Guiné e da Austrália e cultivada em diversas regiões do mundo.



Anteriormente esta espécie era identificada pelo nome Helichrysum bracteatum e lembramos que existem muitas plantas que popularmente são chamadas de sempre-vivas, como a immortelle (Helichrysum italicum) e diversas espécies encontradas no cerrado, pertencentes às famílias Eriocaulaceae, Cyperaceae, Rapateaceae, Poaceae e Xyridaceae.



O termo sempre-viva é geralmente aplicado a plantas que mesmo após colhidas e secas conseguem preservar a cor por mais tempo, em comparação com outras espécies que desbotam mais rapidamente.


O nome Xerochrysum é derivado das palavras gregas xeros (seco) e chrysum (dourado), sendo relacionado à característica das brácteas, que apresentam aspecto papiráceo rígido e brilhante. As brácteas lembram pétalas.



As diversas variedades e cultivares da espécie apresentam portes diferentes, variando entre 30 e 120 centímetros de altura. Apresentam grande valor ornamental em jardins, isoladas ou formando conjuntos e bordaduras.


Suas folhas são alternas, pilosas e apresentam cor verde escura acinzentada. O formato das folhas pode variar conforme o cultivar, podendo ser entre lanceolado e elíptico ou oblanceolado.



As inflorescências são capítulos terminais, com fileiras de brácteas protegendo as flores do disco central. As brácteas podem variar entre diversas cores, como branca, amarela, laranja, rosa, vermelha, roxa, lilás ou ainda apresentar padrões mesclados. As flores são minúsculas e amarelas (elas ficam agrupadas no "miolo", conforme o conjunto de imagens acima) e atraem uma grande variedade de insetos, principalmente borboletas e abelhas.


Para serem cultivadas, as sempre-vivas necessitam de Sol direto, sendo mais indicado o cultivo em solo enriquecido com húmus e de boa drenagem. A espécie é bem tolerante a temperaturas mais baixas, podendo ser plantada em regiões de clima mais quente também.


As regas devem ser intercaladas, deixando o solo permanecer mais seco entre esses intervalos, após a muda estar bem estabelecida.


As florações acontecem no verão e no outono, sendo que a planta pode ser podada no inverno para estimular as brotações laterais.


A multiplicação pode ser feita por sementes (na primavera) ou por estaquia.


Acima, ilustração de Bois, D., Atlas des plantes de jardins et d’appartements (1891-1896).



Por: Patrícia Dijigow

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