O francês Augustin François César Prouvençal de Saint-Hilaire (1779 - 1853) foi um botânico, naturalista e um dos primeiros viajantes a realizar pesquisas e explorações no Brasil, durante os anos de 1816 e 1822.
Em suas viagens, Saint-Hilaire percorreu os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, observando aspectos da geografia, agricultura, flora, fauna, comércio, arte, religiosidade e costumes regionais.
Encantado com a riqueza de nossa biodiversidade e flora exuberante, já pedia atenção a determinadas espécies de potencial terapêutico e se preocupava com o desmatamento e queimadas das nossas florestas em função dos extrativismos e da agricultura, e deixou em suas obras uma rica fonte de conhecimentos que até hoje é consultada por pesquisadores.
Em 1824 publicou o livro "Plantas Usuais dos Brasileiros", onde descreveu as características botânicas, localidades e usos de 70 plantas úteis nativas do Brasil, vistas como importantes, como a falsa-quina, mamica-de-espora , a insetívora Drosera, o mercúrio-do-campo, mutamba, cipó-suma e ipecacuanha.
A obra foi traduzida para o Português e teve alguns nomes científicos atualizados, em trabalho desenvolvido pela equipe do Banco de Dados e Amostras de Plantas Aromáticas, Medicinais e Tóxicas, da Universidade Federal de Minas Gerais (DATAPLAMT – UFMG).
Com o objetivo de recuperar e disponibilizar informações e imagens sobre plantas úteis nativas do Brasil, com destaque para aquelas descritas pelos naturalistas que percorreram o país no século XIX, a obra está disponível para download na página do CEPLAMT (Centro Especializado em Plantas Aromáticas, Medicinais e Tóxicas):
Para quem quiser adquirir a publicação, o livro está à venda no site da Fino Traço Editora Ltda, que oferece desconto de 30% nesta edição, através do cupom "FTAMOLIVRO".
As descrições de plantas e seus usos terapêuticos e alimentícios por Saint-Hilarie demonstra seu respeito e valorização do vasto patrimônio natural, preservando relatos da nossa história e conhecimento popular e seu alertas preocupados com o futuro e preservação.
Por: Patrícia Dijigow
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