Os chamados micronutrientes são tão importantes quanto os macronutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio), sendo responsáveis por um delicado equilíbrio no metabolismo das plantas e a falta deles pode trazer problemas. Os micronutrientes são: Boro, Cloro, Cobre, Ferro, Manganês, Molibdênio, Níquel e Zinco.
Os micronutrientes recebem esse nome por serem requeridos em menores quantidades no metabolismo das plantas, mas sua falta pode comprometer muito o desenvolvimento do vegetal, explica o agrônomo paisagista Gabriel Kehdi, professor do curso Agro para paisagistas.
Alguns micronutrientes são relativamente abundantes nos solos brasileiros, o que reduz muito a ocorrência de sinais de suas deficiências. Já outros são escassos, tornando comum a verificação de sintomas de deficiência. A ocorrência de um determinado nutriente no solo está relacionada ao material de origem daquele solo. Solos originados de rochas basálticas, por exemplo, são ricos em muitos macro e micronutrientes.
O manejo do solo também interfere diretamente na disponibilidade de nutrientes. Solos mal cuidados, excessivamente trabalhados e sem manutenção da matéria orgânica tendem a apresentar menor teor de nutrientes do que os solos bem cuidados.
Tradicionalmente, por serem requeridos em maior quantidade pelas plantas, os nutrientes N, P e K são adicionados ao solo via adubação química com grande frequência. Entretanto, se o adubo ou o solo não possui uma quantidade adequada de micronutrientes, a adubação NPK pode ser comprometida pelo simples fato de a planta não estar abastecida com todos os nutrientes.
É importante ressaltar que para determinar com exatidão o problema da deficiência nutricional é imprescindível uma análise de solo com metodologia correta de amostragem e procedimentos laboratoriais.
A adubação ou correção do pH do solo sem critério pode causar problemas de toxicidade por excesso de nutrientes ou indisponibilidade dos mesmos.
Por: Gabriel Kehdi
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