O manacá-da-serra (Pleroma mutabile) é uma árvore semi-decídua nativa da Mata Atlântica brasileira e muito popular no paisagismo. Pertence à família Melastomataceae, a mesma das quaresmeiras e orelhas-de-urso.
Ocorre nas encostas úmidas da Serra do Mar, da floresta ombrófila (floresta pluvial) da encosta atlântica dos Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo e em restingas em todo o litoral de São Paulo e na floresta ombrófila do sudeste do Estado.
Pode atingir de 6 a 12 metros de altura e possui folhas lanceoladas e pilosas, de cor verde escura. Floresce nos meses quentes, com flores pentâmeras que desabrocham com a cor branca e gradativamente se tornam roxas, proporcionando um belo visual, pois na mesma planta são vistas flores em diversos estágios de cor. O epíteto específico mutabile em seu nome científico se refere à essa mudança da cor das flores.
A mudança de cor das flores funciona como um sinalizador para que insetos polinizadores identifiquem as flores que se abriram recentemente e que ofertam mais néctar, pelo fato de ainda não terem sido polinizadas.
As sementes são dispersadas pelo vento e levam entre entre 10 e 20 dias para germinarem.
Existe uma variedade que é o manacá-da-serra-anão, que floresce no inverno e atinge no máximo 3 metros de altura. Esta variedade pode ser cultivada em vasos. O manacá-da-serra é uma planta de Sol pleno.
O manacá-da-serra não deve ser confundido com o manacá-de-cheiro (Brunfelsia uniflora) da família Solanaceae.
Por: Patrícia Dijigow
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