Quem já encontrou essa estrutura ao caminhar por algumas cidades ou campo?
Esses são os frutos da magnólia amarela, árvore ornamental perene ou semidecídua, originária da Índia e Tibet mas muito comum na arborização urbana e também muito cultivada para extração de madeira. Ela atinge entre 10 e 12 metros de altura e quase dois metros de diâmetro de tronco. Suas folhas são ovadas e lanceoladas, alternas, brilhantes e apresentam estípulas na base.
Seu nome científico é Magnolia champaca (família: Magnoliaceae), antigamente chamada Michelia champaca. É uma árvore considerada sagrada na Índia, comum ao redor de templos budistas e hindus e muito famosa pelo perfume que exala de suas flores amarelas ou brancas, que pode ser percebido à distância. Na urbanização, recomenda-se que seja plantada longe de entradas e janelas (especialmente de quartos) pois seu forte aroma pode impressionar pessoas mais sensíveis.
As flores possuem 15 tépalas e numerosos estames e atraem borboletas e beija-flores. São utilizadas de várias maneiras: desde rituais de adoração em templos, a adornos pessoais e guirlandas para perfumar o ambiente. Na Índia é uma das matérias primas da fragrância conhecida por "Nag champa", popular em incensos e cosméticos como sabonetes e óleos perfumados.
Das flores são extraídos óleos (essencial e absoluto) utilizados na indústria da perfumaria, fato que inclusive rendeu seu nome popular em Inglês de “Joy Perfume Tree“ (árvore do perfume Joy). Pelo elevado valor, seus óleos são mais utilizados na perfumaria de nicho (que é dedicada a exclusividades limitadas, ao utilizar mais matérias primas nobres e raras).
Os frutos são deiscentes, que se abrem para liberar de duas a quatro sementes, recobertas por arilo e muito apreciadas por pássaros.
Por: Patrícia Dijigow
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