Em diversas tradições e histórias, a maçã (Malus domestica) está associada a professoras e professores.
Desde símbolo do saber e do conhecimento pela figura do pentagrama que aparece quando a maçã é cortada em duas partes, passando pela história da descoberta da lei da gravidade por Newton (com a suposta queda de uma maçã em sua cabeça) ou ainda como representação da vontade humana em ter acesso ao conhecimento, em associação à história de Adão e Eva, a maçã e a macieira são icônicas em muitas culturas.
A origem da macieira selvagem é do Cazaquistão e as milhares de variedades hoje conhecidas em todo o mundo, são derivadas do processo de domesticação e cruzamentos seletivos ao longo de muito tempo, realizados para destacar qualidades como sabor, tamanho, crocância e doçura.
No passado, as maçãs eram pequenas e macias, destinadas principalmente para fazer sidra, bebida tão comum que era utilizada como moeda de troca.
A tradição de pais enviarem cestas de maçãs para as professoras era praticada na Europa (onde a maçã era um alimento popular) e foi comum entre os séculos XVI e XVIII, como uma forma de compensar os baixos salários.
Quando as maçãs foram levadas para a América do Norte, a prática foi juntamente implantada. Além do fácil cultivo, as maçãs permaneciam frescas durante o inverno, sendo um presente muito útil, principalmente em cidades de fronteira, onde a profissão de educadora era exercida por mulheres solteiras - e mal remuneradas.
Com melhorias nas condições salariais, a quantidade de maçãs foi reduzida até uma única unidade, perpetuando o gesto de agradecimento e carinho.
Neste 15 de outubro, nossa homenagem e admiração a todas as professoras e professores, que aprendem para ensinar, ensinam para viver e vivem para ensinar.
Por: Patrícia Dijigow
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