O gênero Heliotropium abrange mais de 240 espécies, com centros de diversidade na região Turco-iraniana e América do Sul, sendo muitas concentradas nas zonas tropicais secas.
O gervão-branco (Heliotropium indicum) é um subarbusto anual da família Boraginaceae que atinge até 70 cm de altura, e é amplamente distribuído geograficamente, sendo nativo para a grande parte da América do Sul: do Peru até norte da Argentina, e introduzido na América Central, América do Norte, África e Ásia.
Também é conhecido como crista-de-galo, borragem-brava ou fedegoso. Ocorre na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal, e pode ser encontrado em ambientes litorâneos, cerrado, campos rupestres e principalmente nas caatingas e campos sulinos.
É uma planta de crescimento espontâneo, comum em terrenos baldios, beiras de estradas e pomares. Suas folhas são alternas e pecioladas. As flores são dispostas em inflorescências escorpioides terminais de 15 a 20 centímetros de comprimento.
Na medicina popular, o extrato é utilizado como antimicrobiano no auxílio de micoses. Pesquisas fitoquímicas (referência bibliográfica abaixo) comprovaram a existência de metabólitos secundários em toda a planta.
Ilustração: Flore d'Oware et de Benin, en Afrique
Paris :Imprimerie de Fain jeune et compagnie,1804-1807.
Esta planta não deve ser confundida com o gervão-roxo (Stachytarpheta cayennensis), também nativa e pertencente à família Verbenaceae.
Por: Patrícia Dijigow
Referência bibliográfica:
Identificação dos bioativos do Heliotropium indicum (L.) como proposta de formulação de uma pomada antimicrobiana fitoterápica para o combate de patologias dermatológicas humanas (micose). Revista Fitos, Rio de Janeiro, Vol, 10(2), 95-219, Abr-Jun 2016