O gênero Copaifera abrange 42 espécies, popularmente conhecidas por copaíba, copaibeira ou pau-de-óleo.
São árvores da família Fabaceae, muito conhecidas e utilizadas principalmente na Amazônia por suas propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e cicatrizantes, que foram descobertas pelas comunidades indígenas.
O nome copaíba tem origem do tupi guarani “kupa'iwa” e significa “árvore de depósito”, em menção ao óleo-resina que é extraído do tronco através de perfuração até o cerne - a parte morta do tronco onde não ocorre transporte de água e seiva.
No Brasil, a espécie Copaifera langsdorffii (nativa e não endêmica) é uma das mais conhecidas e populares, distribuída por todo o território ocorrendo na Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, e apresenta quatro variedades.
Pode atingir até 40 metros de altura e viver até 400 anos. Seu tronco tem coloração escura e avermelhada. As folhas são alternas e pecioladas e medem de 2 a 4,5 centímetros de comprimento.
As flores são pequenas, de cor branca com manchas rosas e arranjadas em panícula, polinizadas por abelhas. O período de frutificação vai de agosto a outubro. O fruto contém a semente ovóide envolvida por um arilo abundante e colorido. A dispersão das sementes é realizada por aves como o tucanuçu, gralha-do-campo e sabiá. Sua copa oferece abrigo para diversos animais como macacos mono-carvoeiros e pequenos roedores.
A Copaifera officinalis também é nativa e não endêmica e existem espécies que só ocorrem em determinadas regiões do Brasil, como a Copaifera brasiliensis.
A produção do óleo-resina varia de acordo com a estação do ano e a idade da árvore. A perfuração é fechada após a extração, para evitar que o tronco sofra ataques de insetos e microorganismos.
Amplamente utilizado para fabricação de cosméticos, e de grande destaque na indústria fitoterápica, o óleo-resina também pode ser usado como combustível e para fabricação de tintas e vernizes.
Por: Patrícia Dijigow