A Bertholletia excelsa, popularmente conhecida como castanheira-do-brasil é uma árvore de grande porte, nativa da Bolivia, Brasil, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Suriname e Venezuela e que pertence à família botânica Lecythidaceae.
É a única espécie do gênero Bertholletia cujo nome homenageia o químico francês Claude Louis Berthollet.
Pode atingir mais de 50 metros de altura, sendo citada entre as maiores árvores da Amazônia. Sua copa emerge e de destaca sobre a folhagem das árvores vizinhas. Seu tronco é reto de casca acinzentada. É uma espécie caducifólia: suas folhas caem na estação seca. As folhas medem entre 20 e 35 centímetros de comprimento e entre 10 e 15 centímetros de largura.
Ocorre nos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Mato Grosso em Floresta de Terra Firme, mas também pode ocorrer em áreas antrópicas. É uma árvore de grande importância para a população local pelo comércio das sementes, e também pelas fortes relações com outras espécies de plantas e animais.
Suas flores são pequenas, carnosas e de coloração verde-esbranquiçada e apresentam seis pétalas desiguais, cujos estames são reunidos em forma de capuz. Para serem polinizadas, necessitam de abelhas de grande porte, como as espécies Bombus, Centris, Epicharis, Eulaema e Xylocopa, que vivem na floresta fechada. Quando as flores caem, elas são fonte de alimento para diversas espécies silvestres como veados, pacas, queixadas, tatus e catitus.
Castanha, casca e folha de Bertholletia excelsa - Ilustração: Projeto Gutenberg
As sementes são dispersas principalmente pela cutia. Algumas espécies de sapo só conseguem se reproduzir utilizando o espaço interno dos ouriços (os frutos secos) ocos e caídos da castanheiras.
Por: Patrícia Dijigow
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