Muitas plantas apresentam em seu nome científico a palavra "officinalis" ou "officinale", que geralmente ocorre como epíteto específico (o segundo termo de um nome botânico de duas partes) e deriva do uso histórico das plantas em Farmacologia.
Em latim, "officinalis" significa pertencente ou relativo a uma oficina - ou seja, abrange as plantas de uso terapêutico e culinário.
A palavra oficina remete às antigas práticas dos monges medievais em suas preparações farmacêuticas (pomadas, licores, perfumes, pastilhas, bálsamos, etc) com ervas terapêuticas que eram cultivadas nos jardins dos mosteiros.
Quando Carl von Linnaeus oficializou o sistema binomial de nomenclatura (Systema Naturae), ele determinou o uso do nome específico "officinalis" como indicativo das plantas de uso terapêutico, culinário ou outro uso estabelecido já conhecido.
Entre alguns exemplos dessas plantas, temos:
Asparagus officinalis (aspargo)
Borago officinalis (borragem) Calendula officinalis (calêndula)
Cinchona officinalis (quinquina)
Jasminum officinale (jasmim) Melissa officinalis (erva-cidreira) Salvia officinalis (sálvia)
Taraxacum officinale (dente-de-leão)
Valeriana officinalis (valeriana) Verbena officinalis (verbena) Zingiber officinale (gengibre)
Revisões e atualizações da classificação de algumas plantas promoveram mudanças de nomes como é o caso do alecrim, cujo nome científico atual é Salvia rosmarinus (antes chamado Rosmarinus officinalis).
Por: Patricia Dijigow